MADALENA ANTAS RUMO A DAKAR – Por fora
Depois de ter comunicado o abandono à organização, a verdade é que estive tentada a regressar no primeiro avião, para Lisboa. Tive mesmo um lugar disponível num dos aviões da organização, mas à última decidi continuar e tentar ver a prova de outra prespectiva.
Acompanho assim a equipa Aifa, que fotografa toda a prova e posso dizer que tudo se passa bem cedo… por vezes até se passa ainda de noite, já que pernoitamos no local – ou perto… - para estarmos na primeira linha logo na manhã seguinte e se conseguirem fotos dos melhores e… de todos os outros.
Depois trata-se de transmitir e colocar as imagens no site e divulgar para os OCS, o que é transforma este trabalho numa tarefa muito profissional, que eles cumprem da melhor forma…
Vimos partir no outro dia os dois Bowler de Rodrigo Amaral e Lino Carapeta; iam desolados, ainda mais porque seguiram directamente para Dakar… nos carros de prova, depois de terem reparado a avaria… É ainda mais frustrante, mas o Dakar é mesmo assim.
Assistimos ao descalabro dos VW e ontem (3ª Feira) tentámos desatascar todos os portugueses que parece terem escolhido o local onde estávamos, para se enterrarem na areia.
O Dakar visto de fora também tráz algumas surpresas… Afinal nem a perícia do Jorge Cunha, ia evitando um capotanço nas dunas, tendo ficado o carro numa posição verdadeiramente delicada… Não fora um camião – providencial – tudo poderia ter-se complicado…
Hoje foi um passeio completo, já que a etapa – por razões de segurança – não tinha sector competitivo. Tomámos o pequeno almoço com o Luc Alphand e apesar da Mitsubishi estar bem na frente, a ideia do piloto francês era a de que no Dakar, não se poderiam passar anulações de etapas, por esta razão.
Afinal, sem competição, não seria um rali, mas sim mais uma… expedição.
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