22 janeiro 2007

O DAKAR É UMA PROVA DE ESFORÇO E ENTREAJUDA E DEVERIA SER “PROIBÍDA” A VEDETAS E… EGOÍSTAS

A chegada às margens Lago Rosa levou a caravana do Dakar a algumas horas extras de descanso, antes da grande festa que a Mitsubishi preparou para celebrar mais uma vitória…

Fiquei com pena da VW, principalmente porque era notório o esforço de toda a equipa e os pilotos bem tentaram andar na frente… Um azar completo aquela etapa fatídica, que, em termos oficiais “matou” definitivamente o Dakar em termos de discussão de vitória.

Entre os nossos uma vez mais o Carlos Sousa e o Hélder Rodrigues deram cartas, com qualquer deles a vencer etapas – lutando contra tudo e todos – e o “motard” a fazê-lo de novo em África, o que demonstra que pode estar para breve uma vitória absoluta nas duas rodas… talvez mais próxima que noutra qualquer categoria.
Chegar a Dakar é realmente uma grande vitória. Representa o culminar de todo um conjunto de situações ultrapassadas sempre com grande esforço e com uma enorme cooperação e entre ajuda, ainda que muitos dos que aqui estiveram se tenham revelado acima de tudo egoístas, o que significa que nunca compreenderam nem poderão nunca ser “designados” como elementos integrantes ou participantes desta aventura.

Todos os que como eu ficaram de fora e resolveram continuar a acompanhar o Dakar, puderam observar não só toda uma panóplia de gentes e costumes, perfeitamente adaptados à realidade africana – afinal são habitantes dessas regiões há séculos – uma (curta) lista de entusiastas da competição Dakar – na sua essência – e os outros, verdadeiros “turistas acidentais”, sempre à procura da parte mais fresca da “estância de luxo” que contrataram ou que lhes ofereceram e permanentemente colocados no “local dos retratos” como se de vedetas se tratassem.
Esta é a faceta que menos me agrada no Dakar… Infelizmente este ano tive que conviver com ela em mais uma GRANDE lição de vida!

Vemo-nos no Lisboa – Dakar 2008!