12 janeiro 2007

TEAM DESSOUDE FOI A GRANDE DESILUSÃO


Madalena Antas e Patrick Antoniolli já não saíram hoje de Zouerat rumo a Atar, já que o Nissan Pathfinder apresentava danos irreparáveis de motor, que a equipa de André Dessoude não teve capacidade para resolver, ainda que o tivessem prometido… Uma desilusão para a piloto que se junta a todas as outras verificadas com esta recente ligação à equipa francesa…

Do “Dakar” também faz parte – infelizmente – a palavra desilusão e é exactamente por essa sensação que está a passar Madalena Antas, uma vez mais impossibilitada de prosseguir em prova, por causa de uma avaria irreparável no motor do Pathfinder do Team Dessoude. Um problema mais a juntar a tantos outros que nunca foram realmente resolvidos pela equipa técnica francesa, que deixou muito a desejar em termos de eficácia e até, por vezes, de profissionalismo…

«Como todos puderam ver, rodei sempre com imensas cautelas, poupei como ninguém a mecânica, mas nunca tive o carro em condições. Se não fosse o Patrick, tinha ficado logo na etapa de abertura com problemas de transmissão e falta de gasolina. Na ligação para Málaga, a transmissão voltou a ceder e, há dois dias – depois de me terem dito que iriam fazer uma grande revisão ao carro antes da partida – o cárter cedeu e fizemos quase 250 Km a por óleo de 20 em 20…
Já no bivouac, o problema parecia fácil de resolver e segundo os mecânicos seria mudado o cárter e tudo ficaria bem, só que perto das 4h da manhã já estavam todos a dormir e ninguém mudou nada no carro… Acho que foi de propósito! Para eles a minha presença foi sempre um “incómodo” desde o início, pois toda a atenção ia para os pilotos importantes, pelo que acho que, acima de tudo – considerando todo o investimento que fizemos – tudo o que nos fizeram representa uma enorme falta de respeito por quem é cliente e tem as suas contas em dia.
Em termos gerais, comparando com a estrutura do ano passado, tenho até dúvidas de que seja uma equipa melhor. Em 2006 tivémos muitos problemas no Dakar, mas a equipa era muito esforçada e tentava sempre tudo para que partíssemos, nem que para tal fosse necessário não dormir. No Team Dessoude, para além da enorme indiferença com que fomos tratados, a falta de profissionalismo revelou-se logo à partida – nem olharam para o carro que estava em Lisboa desde dia 20… - e pouca importância nos deram nas etapas africanas.
Diz-se que o Dakar também é desilusão e para mim, mais do que não chegar a Dakar, foi a equipa que mais me desiludiu…»


Madalena Antas e Patrick Antoniolli vão seguir a caravana até Dakar, tentando recolher indicações para futuras participações e está prometido um balanço mais “frio” de tudo o que se passou antes e durante este Lisboa-Dakar, durante o dia de descanso em Atar.

3 comentários:

Anónimo disse...

Não tiveste sorte este ano, mas merecias mais. Aqui estarei contigo no próximo ano.

Nuno

Anónimo disse...

Já não é a primeira vez que pilotos portugueses compram gato por lebre a equipas "profissionais" e com alguma reputação no desporto motorizado seja, nas fórmulas, velocidade, ralis ou, como agora, no TT!
É uma pena ver ficar pelo caminho pelo segundo ano consecutivo uma equipa como a tua, ainda para mais por causas alheias à tua condução!
Que tenhas melhor sorte para o ano, com um preparador que faça o mínimo que se lhe exige a quem lhe paga (provavelmente principescamente!) e eu cá estarei a acompanhar a tua performance!

Marcos

Anónimo disse...

Para mim o Dakar acabou, sem a concorrente mais simpática e bonita da caravana.
Parabéns madalena.